quarta-feira, 24 de junho de 2009

AS SETE MARAVILHAS DE PARAISÓPOLIS

A matéria "As sete maravilhas de Paraisópolis" surgiu através de um dos próprios membros da Oficina de Comunicação do Espaço Esportivo e Cultural Bovespa.

O objetivo da matéria está em mostrar as coisas bonitas de Paraisópolis e mostrar aos moradores da comunidade as coisas legais desses lugares.

O projeto também acaba contando a história de Paraisópolis, além de envolver um conhecimento maior sobre fotografia.

UM NOVO OLHAR

Através da fotografia o projeto tomou novos rumos além de uma maior visão sobre a comunidade. A idéia de uma nova visão sobre a fotografia foi muito importante, pois cada foto conta sua história e assim toma um novo foco, uma nova direção.

AS SETE MARAVILHAS

Através de uma pesquisa realizada na comunidade de Paraisópolis foram eleitas as sete Maravilhas:

CEU (Centro de Educação Unificado)
Campo do Palmerinha
Casa de Pedra (Casa do Estevão)
ONGs da comunidade
União de Moradores
Barracão dos sonhos
Pista de skate

E assim deu-se inicialização ao projeto com merecidos esforços.

VANEZA DOS SANTOS PIAUY

segunda-feira, 15 de junho de 2009

A família Palmeirinhas

O Palmeirinhas surgiu de uma ideia da comunidade de ter um campo de futebol em Paraisopólis. Esse campo foi construído em 1993 na rua Major José Marioto Ferreira e depois mudou para a rua Melchior Giola e hoje já tem muitas histórias para contar. O campo é administrado por Francisco Luiz da Silva (mais conhecido como Chiquinho), de 49 anos. Ele nos contou que todos os frequentadores são como se fossem uma grande família para ele; formam a “família Palmeirinhas”.

1- Quando o campo surgiu?
Antigamente o campo do Palmeirinhas se localizava na Rua Major José Marioto Ferreira, onde atualmente encontra-se o terminal de ônibus Princesa Isabel. Em 1982, o campo mudou para a Rua Melchior Giola.

2- De quem foi a ideia de se ter um campo de futebol na comunidade?
A ideia de se ter um campo na comunidade sempre foi dos moradores. A ex-presidente da associação dos moradores, Betânia, sempre ajudou na melhora do campo e contava com o apoio do ex-governador Mário Covas.

3- Como era o campo antigamente?
O Campo era cheio de altos e baixos, buracos, mato onde não deveria haver. Não tinha arquibancada nem alambrado para as redes dos gols, que protegesse quem assistia os jogos de levar boladas.

4- Quais as melhorias que foram feitas no campo?
Melhoramos o alambrado e os vestuários, que fizemos com nossos próprios recursos. Até que com ajuda do governo resolveram investir um pouco no campo.

5- Quem faz parte da direção do campo?
Tudo que vai acontecer eu tenho que saber, tem que ter a minha aprovação. “Se dez mandassem viraria bagunça”

6- E a Copa da Paz?
A Copa da Paz foi uma ideia do ano passado. Este ano, a marca de conhaque Dreher está patrocinando o evento. A Copa da Paz mostra o Palmeirinhas para toda a São Paulo ver.

7- Como está acontecendo a Copa da Paz?
Por enquanto na paz.

8- Quantos times já passaram por aqui? E pessoas?
Com a Copa da Paz chegamos a ter 3 mil pessoas no final de semana. Sem a Copa da Paz 500 pessoas no final de semana. Mas já passaram milhões. Quanto aos times do bairro 30 já existiram e apenas restam cinco.

9- Na sua opinião o que o futebol representa para uma criança ou um jovem?
Acho que representa tudo para a vida das crianças, representa um futuro melhor. Vários jovens já saíram das drogas através do futebol. E muitos não entraram no caminho delas. O futebol é um exemplo de vida. No futebol dá para encontrar todo tipo de gente. Fui campeão e artilheiro durante 7 anos consecutivos pelo Palmeirinhas.

10- A comunidade conserva bem o lugar?
99% dos moradores cuidam bem do campo e 1% joga lixo, água etc.

11- Alguém já reclamou quando estava tendo jogo por causa do barulho?
Não, só uma vez que reclamaram quando os jogadores sem querer jogaram a bola no telhado de uma casa. Por isso não faço jogo no período da manhã, por volta das 10:00 e 10:30 horas. Para os moradores não reclamarem, faço jogos à tarde.

12- De onde vem o nome Palmeirinhas?
Eu, como presidente do clube, sou corintiano. Quando o campo chegou na comunidade só tinha santistas, corintianos, são paulinos. Meu irmão falou: "vamos colocar Palmeirinhas e pegou até hoje". Palmeirinhas é como se fosse uma família.

13- Qual time o senhor torce para ganhar a Copa da Paz?
Palmeirinhas ou a Portuguesa, que ganhou a primeira Copa da Paz com o placar final de 1 x 0.

Gente, conseguimos a escalação do time do Palmeirinhas (que joga na Copa da Paz):

Fernandes Goleiro
Cafu
China
Tody
Toninho
Paulo
Andre
Feio
Val
Jorginho
Frávinho
Sasá
Guga
Gusula
Danilo Atacante
Fumaça
Cabo

Carol Teixeira e Leonardo Silva de Melo
O skate é estilo de vida

Aprenda que na sua comunidade também existe Maravilhas.

O skatista Edivaldo Felisberto Dos Santos tem 26 anos, nasceu em Moema e mora atualmente na comunidade de Paraisópolis. Ele anda de skate há 17 anos.

Foi na infância que Edivaldo, mais conhecido como “Edi” na comunidade, descobriu que o skate era a sua moda e seu estilo de vida. Depois dessa escolha, uma coisa lhe chamou a atenção na "nossa" comunidade: tinham poucos skatistas e muitos sonhos. Eram jovens em corpos de velhos, então, começou sozinho a andar pelas ruas da "nossa" Paraisópolis. Logo depois, teve uma idéia de um campeonato que começou com 10 participantes.

E assim lutou para que outros jovens também praticassem o esporte na comunidade. Ele foi um dos responsáveis pelo reconhecimento e pela valorização da pista de skate por jovens e crianças de "nossa" comunidade. E hoje, aos 26 anos, se orgulha em saber que de alguma forma ajudou na construção de uma das maravilhas de Paraisópolis, a Pista de Skate.

Após dois anos e meio, a primeira pista de Paraisópolis tem por dia cerca de 30 skatistas treinando e esse número aumenta em fins de semanas.

Isso tem como objetivo tirar os jovens das ruas e complementar as horas vagas com lazer e esporte, que são importantes na vida de qualquer um, não só para os jovens como também para os adultos, pois médicos e nutricionistas recomendam pelo menos 30 minutos de exercício por dia para se ter uma vida saudável.

Skatista da comunidade

1° Há quanto tempo a pista de skate foi construída? E quem a construiu?
R: Há três anos, pelos poderes públicos.

2° Quem fez os grafites nas paredes da pista?
R: O primeiro grafite foi feito pelos próprios moradores de Paraisópolis, os mais recentes foram feitos há pouco tempo por grafiteiros do Real Parque.

3° A pista é um local seguro para se praticar o esporte?
R: Sim, a pista é um local seguro se o skatista tiver noções básicas do esporte.

4° Por que você escolheu o skate como esporte para praticar?
R: Porque é um esporte que tem um estilo e uma moda; tem música, arte, ação e liberdade. Você é o seu próprio líder e, em esportes pessoais, como o skate, bike, patins, você está sempre conhecendo e renovando seus limites.

5° Você já participou de algum torneio ou campeonato de skate?
R: Já, o primeiro campeonato que teve em Paraisópolis fui eu quem agitei para empolgar os jovens da comunidade. Fiquei em oitavo lugar, havia dez participantes. O propósito era o de incentivar a prática do esporte, mas a galera não entendeu e até criticou, muitos desistiram.

6° O que poderia melhorar em relação ao skate em Paraisópolis?
R: Termos uma pista coberta.

7° Você teria alguma mensagem para os jovens e crianças de Paraisópolis?
R: Sempre praticar um esporte, obedecer a seus pais e professores e dar o seu melhor na escola. Além de respeitar os mais velhos, pois eles querem o bem de vocês.

Saiba mais sobre o skate

O skate é considerado um esporte radical que surgiu na década de 60 em uma época de marés baixas na Califórnia. Os surfistas trouxeram suas pranchas com quatro rodas para as ruas utilizando então os obstáculos urbanos para suas manobras radicais.

O skate é formado por sete partes; todas fundamentais para o seu bom funcionamento. São elas: shape, mesa, trucks, amortecedores, rodas, rolamentos e parafusos.

Monique Ramiro de Lima, Marcos Silva e João da Silva
A Floresta de Pedra

Estevão Silva da Conceição começou a construir sua casa há mais de 15 anos. Ele idealizou seu sonho após se deparar com uma roseira que crescia no terreno perto de sua casa. A partir daí, construiu uma estrutura de ferro que não impedia o crescimento da roseira.

Considerada uma das obras mais originais de São Paulo, a sua casa, conhecida como Casa de Pedra, é formada por uma série de objetos inusitados que ele encontra no centro e pela cidade, em lojas que vendem objetos antigos. Sua esposa conta que nunca sumiu uma xícara em casa, mas quando alguma quebra ele pega os cacos.

Sem qualquer tipo de ajuda financeira, Estevão continua trabalhando em sua obra de arte e hoje seu sonho é terminar o segundo e o terceiro andar de sua casa. Como não tem ajuda, acaba gastando quase todo o dinheiro que ganha como jardineiro e pedreiro. Sua esposa costuma ficar uma fera quando ele chega do bazar com um monte de coisas! Mas depois aceita, entende o sonho do marido e diz que gosta de viver com ele.

Estevão e sua esposa se conheceram em um comício político, na Bahia. Depois vieram para São Paulo, em 1993, e se casaram.

Alguns objetos de sua casa trazem lembranças de sua família (avós, bisavós etc.), como o ferro que lembra a Bahia. Seus filhos adoram a casa, não sentem nenhum tipo de preconceito em relação aos amigos, acham muito interessante morar em um lugar tão diferente e, apesar disso, consideram a casa deles comum em relação às outras.

A casa de Estevão ficou famosa assim como sua criatividade. Vários artistas já foram visitar a Casa de Pedra, como Otávio Mesquita, Karina Bach e Gullar de Andrade. E como sua arte foi reconhecida, a Prefeitura até pagou para o artista fazer os desenhos no famoso Escadão de Paraisópolis. Estevão costuma chamar sua obra de Jardim Suspenso.

Vale lembrar ainda que sua arte já foi até comparada com as obras de Gaudí, famoso arquiteto catalão, da Espanha.

Autoras: Vivianne Cristina e Kethleen Cristina

Direto da fonte

Nome: Eduardo Cordeiro da Hora
Idade: 25 anos
Quem é: Professor de tênis no Espaço Esportivo e Cultural Bovespa e morador na comunidade de Paraisópolis

Para você, qual a importância das ONGs na vida dos jovens da comunidade?
Dudu: As ONGS são fundamentais na vida de um jovem, ajudam na educação e na formação.

O que mudou ou acrescentou na sua vida, trabalhando como educador no Espaço Esportivo e Cultural Bovespa?
Dudu: Hoje eu tenho uma visão totalmente diferente, bem mais ampla. Sinto que minha contribuição é muito importante na comunidade. Carrego a obrigação de ser exemplo aqui em Paraisópolis.

Você optou ou foi chamado para trabalhar no Bovespa?
Dudu: Foram oportunidades criadas. Eu mostrei o meu valor e valeu a pena deixar tudo aquilo para trás (a vida de um jovem normal, sair e curtir). Não fui eu que quis, foi Deus que quis pra mim.

Quando você começou no tênis?
Dudu: Comecei catando bolinhas, como gândula.

O que um jovem pode fazer para chegar onde você chegou?
Dudu: Ele tem que querer e correr atrás, para conquistar seus objetivos.

Luana Alves Cordeiro

sábado, 13 de junho de 2009

Intermediários do Povo

A União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis foi fundada em 16 de Setembro de 1983 por quatro comerciantes e um morador. A organização surgiu para lutar contra um projeto de lei que previa a expulsão dos moradores de Paraisópolis. A união é uma organização comunitária responsável por levar problemas e questões sociais da comunidade aos órgãos competentes.

Vale lembrar que não cabe à União resolver sozinha todos os problemas da comunidade. A ideia principal é que os moradores se unam para lutar por seus objetivos.


E o que a União tem de legal?

  • Escola do Povo: um projeto que alfabetiza jovens e adolescentes que não tiveram a oportunidade de estudar.
  • Telecentro: oferece cursos de conhecimento em informática.
  • Biblioteca: ajuda crianças e adolescentes a aprender mais através da leitura.
  • Associação de Mulheres: luta pelos direitos da mulher.
  • Programa Viva Leite: um projeto que dá leite a 250 famílias e 50 idosos.

Vaneza dos Santos Piauy

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Organizações

Paraisópolis sempre conviveu ao lado da riqueza, ao lado de pessoas com muita cultura e um certo espaço de diversão! Mas onde as ONGS entram nisso tudo?

É muito simples, nas ONGS são encontradas as pessoas mais ricas; ricas em boa vontade, solidariedade, força de vontade, bom humor e muitas coisas mais. Elas também ajudam muito ensinando coisas, passando conhecimento e “criando” pessoas com cada vez mais cultura na bagagem. E com a ajuda de algumas outras pessoas, ainda dão acesso a equipamentos esportivos, bibliotecas, quadras bem construídas e brincadeiras muito divertidas.

Mas o que é uma ONG?

ONG é uma sigla usada para abreviar organização não-governamental (ou seja, elas não dependem do governo para existir). Essas organizações podem trabalhar em várias áreas, como meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, entre outras.


Grande parte das pessoas que trabalha nas ONGs é formada por voluntários.
Em Paraisópolis, existem 54 organizações. Dezoito delas participam do Fórum Multientidades de Paraisópolis, cujas principais ações são a reurbanização e a falta de vagas nas escolas, entre outras iniciativas e projetos.

As ONGS têm trabalhos importantes na sociedade porque seus serviços chegam em lugares e situações em que o Estado é pouco presente. Mas às vezes as ONGS trabalham em parceria com o Estado.

Quem quiser saber mais a respeito do Fórum de Multientidades acesse o site:
paraisopolis.org/forum-multientidades-de-paraisopolis/

Mudança de rumo

Diane de Oliveira,coordenadora do projeto BM&F BOVESPA e representante deste projeto no Fórum Multientidades, começou a trabalhar na comunidade em 20007, mas já tinha feito um trabalho de alfabetização de adultos no ano de 1993. Para ela, as ONGs surgiram a partir da necessidade de fazer projetos para ajudar no que o governo não consegue trabalhar.

E na opinião da nossa entrevistada, Diane de Oliveira, "as organizações não ocupam o lugar do Estado ou da escola, elas têm um tipo de missão própria, trabalham mais diretamente com a população. As ONGs podem mudar o rumo da história de muitas pessoas...”.

Obs.: De acordo com nossas pesquisas, as três ONGs mais citadas foram BM&F Bovespa, Albert Einstein e ONG Florescer.

$...Rafynha...$ $...luys Felype...$


Uma escola diferente

O CEU de Paraisópolis foi inaugurado em 13 de Dezembro de 2008. A intenção de criar o CEU foi de oferecer vagas escolares e atividades de esportes e cultura. Mas o lugar não é como uma escola comum porque fica aberto todos os dias, menos no Natal e Ano Novo.

Aos fins de semana, o espaço oferece uma programação cultural, como filmes, peças de teatro e apresentações de dança para as pessoas da comunidade. Também tem uma série de atividades diferentes: sucata, danças populares, judô, jogos cooperativos, hip-hop, origame, malabarismo e acrobacias.

Além de tudo isso, há uma programação para a terceira idade e para a comunidade, incluindo caminhadas, hidroginástica e cortes de cabelo (mensalmente).

Só em São Paulo, na região do Campo Limpo, existem 8 CEUs. O projeto CEU começou na França, com o objetivo de contribuir para que o número de crianças que não estudam por falta de vagas nas escolas diminuisse e que as crianças das comunidades carentes tenham acesso a cultura e esportes.

Aqui em Paraisópolis o CEU contribui para diminuir o problema da falta de vagas escolares, mas tem ainda muita criança que não está estudando ou precisa estudar fora da comunidade. Em São paulo, no início do ano letivo, muitos pais ou responsáveis reclamaram da falta de vagas no ensino fundamental. Mais de mil crianças estavam sem estudar. Já a prefeitura nega que faltem vagas.

Informações sobre o CEU Paraisópolis: Élida Corsi Rodrigues, gestora do CEU Paraisópolis.

Edilane de Deus e Adriana Cordeiro
Barracão dos Sonhos

O Barração dos Sonhos começou com uma oficina de percussão. O projeto foi criado por Dinho Rodrigues, sociólogo, arte-educador, músico, percussionista e morador do bairo do Morumbi.

O Barracão oferece em Paraisópolis, desde 1999, atividades de percussão, musicalização infantil, entre outros cursos. Hoje também tem na organização ballet clássico, teatro, dança, violão, além das oficinas já citadas e muitas outras.

Há alguns anos o Barracão cedia o espaço para um curso que fazia parte do Projeto "Um Olhar", que ensinava fotografia aos jovens da comunidade. O fotógrafo colombiano Joaquín Sarmiento começou o projeto "Um Olhar" com vários jovens, entre eles Fábio Roberto de Oliveira, de 26 anos.

A vida de Fábio mudou quando ele conheceu Joaquín Sarmiento. Fábio ligou para o colombiano porque ficou sabendo do tal curso de fotografia que acontecia no Barracão, mas o fotógrafo disse que era só para os moradores. Fábio insistiu, pois já fazia curso de vídeo para ter contato com a camêra profissional e para poder se expressar. Ele tinha muito interesse, mas pouco conhecimento por fotografia.

Ao ver seu interesse, o colombiano concordou em dar uma chance a Fábio e hoje ele começa a dar seus primeiros passos: vai trabalhar com a fotografia e a educação em uma ONG, a Fundação Julita, que fica no Jardim São Luís.

Fábio passou por algumas dificuldades no início, muitas vezes ele não tinha nem dinheiro para ir ao curso na comunidade de Paraisópolis. Mas seu esforço valeu a pena, enfim ele conseguiu realizar um de seus grandes sonhos: usar a fotografia para ensinar.

Marcela Novais ,Thaline Paixão e Larissa Sousa
O QUASE( Luís Fernando Veríssimo)
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

ESPERO QUE GOSTEM.....
$...Rafinha...$

Ilusão

Muitos me olham e me chamam de boba por te amar!
Te amar foi bom, legal ou talvez uma simples ilusão
Te amar é como um conto de fadas, sei onde começa,
mas não sei onde terminará.
Eu te amei, me entreguei, dei meu melhor
e a única coisa que você fez foi brincar comigo.
Talvez um dia você lembre daquela menininha que tanto te amou!
Sabe?! Aquela que você fez chorar e que muito sofreu por você.
Sei que vai olhar pra trás e se arrepender
e muito chorar por tudo de ruim que me fez,
vai emplorar meu perdão, talvez eu até te perdoe
Mas jamais conseguirá apagar as feridas do meu coração,
pois nele ainda existirá cicatrizes.
Escrito por : Vivianne Cristina

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Quarto das Causas

Eu crio idéias
No canto de um quarto
Reflito histórias do passado

Com causas, assuntos
Mentiras, verdades
Faço, escrevo, conto e relato
Procuro até distorcer os fatos

Crio poemas
Para me expressar
Sobre amores, histórias
Tudo o que calhar

No canto de um quarto é onde descubro o amor
O canto foi o relato de tudo o que se passou

Problemas Causas
Penas e dilemas
Coisas que pra mim valem a pena.

Luiz Felipe Ribeiro

terça-feira, 2 de junho de 2009

AS SETE MARAVILHAS DE PARAISÓPOLIS

Foram tiradas algumas fotos da comunidade. Antes delas eu não valorizava a comunidade como ela merece. Mas depois de tirar as fotos eu pude perceber o quanto a comunidade é bonita e tem várias atrações. A casa do Estevão é uma obra de arte que temos em nossa comunidade. A pista de SKATE é uma boa opção de lazer que quase não é conhecida dos moradores e o CEU que ficou lindo de se ver. A fotografia me deu esse prazer de conhecer e valorizar o que a minha comunidade tem a oferecer e pricipalmente lutar para trazer mais melhorias para minha comunidade.
Carol Teixeira

Martha (Carta de uma apaixonada)

Meu coração bate forte quando te vejo, não sei se é amor ou simplesmente desejo. Só sei que fico sem ação, sinto muita emoção quando pega em minha mão.

Vou tentar descobrir o porquê fico assim quando estou junto a ti. Desconfio que seja amor, mas pode ser paixão. Você sabe dizer? Por que eu não sei não.

Quando me beijou pela primeira vez senti algo inexplicável. Para você poderia ser somente mais um beijo, mas para mim foi o melhor, o que eu mais esperava, o que eu mais ansiava receber. Para você posso ser somente uma criança, mas criança eu sei que não sou. Posso ser criança na idade, mas sou adulta no amor.

O amor é um sentimento bem difícil de entender, às vezes até confundo o amor com a paixão. O amor vem como brisa, acalma o coração, entra logo em nossas vidas e é impossível dizer não. A paixão é mais doída, ela entra nas nossas vidas e sai sem deixar explicação, deixando ferido o coração.

Mas na verdade não sei o que sinto por você, nenhuma palavra ainda consegui para descrever, agora é outro problema que vou tentar resolver.

Thaline

Todo poder às crianças!

Há nas crianças
Algo que me intriga
Tantas vezes brincam
E fazem as pazes
Facilmente fazem amizades
Dizem sempre a verdade
Vira e mexe uma nova traquinagem.

Mas quanta inocência há nestas crianças
Criaturas esplêndidas
Espertas até demais
Querem tudo descobrir
Vivem a discutir
Estão sempre a sorrir
Nunca param de ir e vir.

Não existe adulto
Mais inteligente que criança
Mas haja paciência
Em suas cabeças, há ciência,
Conclusões, façanhas,
Chantagens, manhas,
Manias e artimanhas.

Estas crianças levam em si
O amor verdadeiro
A vida, a esperança...
Prazer em viver a infância
Brincar, correr, dançar...
Sonhar...

Por isto digo...
Protejam nossas crianças
Não deixem que percam sua infância
São seres exemplares
Que apesar da pouca idade
Tem muito a nos ensinar.

Todo poder às crianças
Pois nelas existe verdade
A elas pertence a chave
Da entrada e da saída
E carregam junto a elas
O segredo desta vida.

Elaine Braga